CANCIONEIRO
Chegou sorrateiramente
e
em um canto
se
alojando.
Nem
desfez sua mala
e
foi logo
cantarolando.
Sua
voz toda estridente,
ecoando
por todo
o
quarto.
Talvez
triste ou então contente,
não
se podia perceber
o
fato.
Chegara
a uma semana,
aquela
visita
inesperada.
Entoando
sua canção,
varando
a
madrugada.
Pensei
em mandá-lo embora
ou
expulsá-lo
do
meu aposento.
Mas
com o passar dos dias,
sua
voz me trouxe
um
alento.
Pois
se não suportasse sua melodia,
quiçá as dualidades
do
tempo.
Deixei-o
então tranquilo,
entoando
alegria
ou
o seu lamento.
Meu
pequeno hóspede é um grilo.
Cancioneiro
da
madrugada.
Sua
serenata é gratuita.
Sem
almejar aplausos,
sem
esperar por nada.
Assim
deveria ser a gente,
durante
a nossa
jornada.
Autor: Wandermilton Souza Corrêa
Autor: Wandermilton Souza Corrêa
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